Está com dúvida entre adquirir um capacete aberto ou fechado? Iremos te ajudar dando dicas e informações completas sobre as leis.
Antes de mais nada, precisamos falar que o uso do capacete é obrigatório e consta na lei. O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) alerta para o uso correto do capacete, equipamento obrigatório que aumenta a segurança dos condutores e passageiros de motocicletas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
O que o Detran autoriza:
– Existem quatro modelos de capacetes de motocicletas regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran): o integral (fechado), o misto (com queixeira removível), o modular (de frente móvel) e o aberto (sem a proteção para o queixo);
– Os capacetes popularmente conhecidos como “coquinho” – similares aos utilizados para a prática de ciclismo e skate – não são permitidos, pois não oferecem proteção completa à cabeça, rosto e olhos;
– Nos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e travada durante todo o deslocamento do condutor;
– As viseiras permitidas são aquelas nos padrões cristal, fumê light, fumê e metalizado. No período noturno, deve-se usar apenas a viseira cristal. Os demais modelos deverão ser utilizados somente durante o dia.
Mas então, é autorizado o uso de capacete aberto sem queixeira?
Sim, a legislação pemi te o uso capacete aberto sem queixeira mas é importante frisar que a proteção desse modelo é inferior ao fechado, já que não protege a parte do queixo. Também é preciso se atentar as regras de utilização de viseiras e óculos de proteção.
O que acontece é que muitas vezes o capacete aberto é confundido com o modelo “coquinho” que não é autorizado pela legislação por não oferecer proteção na parte das bochechas, boca e queixo.
Como escolher um capacete aberto e mais seguro?
Apesar das desvantagens em relação a segurança de um capacete fechado, você ainda pode utilizar o modelo de capacete aberto e buscar por modelos que te oferecem mais segurança.
Fique atendo ao material do capacete, ele é tão importante quanto o formato. Os modelos em vibra de vidro são bem mais resistentes do que os modelos em plástico e podem dar mais segurança na hora do impacto. O acabamento interno também é muito importante na hora de uma colisão por exemplo. Lembre-se de procurar por um modelo que deixe sua cabeça confortável e que se sinta protegido ao utiliza-ló. O tamanho correto é um dos fatores principais para garantir a segurança.
Orientações importantes sobre o uso de capacetes:
– Cheque se o capacete está devidamente fixado à cabeça, preso ao queixo por meio da cinta e com a viseira abaixada;
– Fique atento ao estado e conservação do equipamento. Troque-o, caso ele sofra algum impacto forte, seja em acidentes ou por queda em qualquer situação;
– Na hora da compra, atente-se a espessura da espuma do forro interno. A diminuição da altura da espuma deixará o capacete folgado, comprometendo a fixação na cabeça e a proteção da área auditiva do motociclista;
– A viseira também deve estar em perfeitas condições, sem rachaduras ou arranhões que atrapalhem a visão do condutor. Se o capacete estiver em bom estado, é possível trocar apenas esse item;
– Manter o capacete limpo também pode contribuir para a conservação do equipamento;
– A viseira abaixada pode evitar a entrada de insetos ou pequenos objetos, como pedras e faíscas, que podem provocar acidentes;
– Na ausência da viseira, é obrigatório o uso de óculos de proteção específico para moto, que não pode ser substituído por óculos de sol, óculos com lentes corretivas ou de segurança do trabalho;
– O capacete deve ter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), faixas refletivas de segurança nas partes laterais e traseira, além de apresentar bom estado de conservação, sem danos que comprometam a proteção.
Infrações:
Os motociclistas recebem as penalidades de acordo com o tipo de infração cometida, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
Leve – Pilotar com o capacete mal afixado à cabeça, utilizando viseira ou queixeira levantadas, sem óculos de proteção ou com viseira fumê no período noturno, por exemplo, é infração leve. O motociclista receberá três pontos na habilitação, além de multa no valor de R$ 53,20.
Grave – Conduzir com capacete sem a certificação do Inmetro, sem as faixas refletivas ou com a estrutura danificada é infração grave, com cinco pontos na habilitação e multa de R$ 127,69.
Gravíssima – Não usar o capacete ou colocá-lo apenas sobreposto à cabeça, sem estar devidamente encaixado, é infração gravíssima. Além de pagar multa no valor de R$ 191,54, o motociclista também responderá a um processo administrativo para a suspensão do direito de dirigir, que pode variar de um até 12 meses, dependendo do histórico do motorista.